Eichmann e a incapacidade de pensar alienação do mundo e do pensamento em Hannah Arendt
O ponto de partida deste livro é o caso Eichmann, tal como analisado por Hannah Arendt em Eichmann em Jerusalém (1963), obra que resulta de sua participação no julgamento do ex-tenente-coronel da SS responsável pela logística de transporte dos judeus para os campos de concentração e extermínio duran...
| Main Author: | |
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| Format: | eBook |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Marília, São Paulo, Brazil
Editora Oficina Universitária
2021
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| Online Access: | |
| Collection: | Directory of Open Access Books - Collection details see MPG.ReNa |
| Summary: | O ponto de partida deste livro é o caso Eichmann, tal como analisado por Hannah Arendt em Eichmann em Jerusalém (1963), obra que resulta de sua participação no julgamento do ex-tenente-coronel da SS responsável pela logística de transporte dos judeus para os campos de concentração e extermínio durante o regime nazista na Alemanha. Conforme mostra o autor, o descompasso entre a monstruosidade dos crimes que Eichmann ajudou a perpetrar e a sua figura perante o tribunal - que não pareceu monstruosa ou maléfica a Arendt, mas completamente normal e até medíocre -, levou-a a cunhar a expressão banalidade do mal. Com tal noção, Arendt designa um novo tipo de mal, o qual não é causado por motivos torpes, instintos corrompidos ou por uma vontade maligna, e sim pela obediência ao dever de ofício ligada a uma recusa do agente em pensar naquilo que faz. Com o objetivo de compreender quais são as condições que propiciam essa incapacidade ou ausência de pensar (thoughtlessness), o autor examina, dentro do arcabouço teórico de Arendt, como não só os regimes totalitários, mas também a própria Era Moderna, produzem a experiência da solidão (loneliness) no interior da sociedade de massa. Tal experiência prejudica a instauração de um mundo comum no qual possa se afirmar a pluralidade humana, condição para o exercício da capacidade de agir, sentir e também de pensar. The starting point of this book is the Eichmann case, as analyzed by Hannah Arendt in Eichmann in Jerusalem (1963), a work that results from her participation in the trial of the former SS lieutenant colonel responsible for the logistics of transporting Jews to the concentration and extermination camps during the Nazi regime in Germany. As the author shows, the mismatch between the monstrosity of the crimes that Eichmann helped perpetrate and his figure before the court - which did not seem monstrous or malevolent to Arendt, but completely normal and even mediocre - led her to coin the expression banality from evil. With such a notion, Arendt designates a new type of evil, which is not caused by base motives, corrupted instincts or an evil will, but by obedience to the duty of office linked to a refusal of the agent to think about what he does. With the aim of understanding what are the conditions that provide this inability or absence of thinking (thoughtlessness), the author examines, within Arendt's theoretical framework, how not only totalitarian regimes, but also the Modern Era itself, produce the experience of loneliness (loneliness) within mass society. Such an experience undermines the establishment of a common world in which human plurality can be affirmed, a condition for exercising the ability to act, feel and also think. |
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| Item Description: | Creative Commons (cc), https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ |
| Physical Description: | 1 electronic resource (166 p.) |
| ISBN: | doi.org/10.36311/2021.978-65-5954-065-5 978-65-5954-065-5 |